Michael Doublott

5 coisas que aprendi com os lápis

Publicado Por Michael Doublott As segunda-feira, abril 26, 2010

1° qualidade: Vc pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer
nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.


2° qualidade: De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas
no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor.


3° qualidade: O lápis sempre permite que usemos uma borracha para
apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos
não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no
caminho da justiça.



4° qualidade: O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua
forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide
daquilo que acontece dentro de vc
E Finalmente a



5° qualidade: O Lápis sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que vc fizer na vida, irá deixar traços..

Auto - Retrato da paixão

Publicado Por Michael Doublott As quinta-feira, abril 22, 2010

A paixão faz a pessoa para de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra. Ninguem quer desorganizar seu mundo. Por isso , muita gente consegue controlar esta ameaça, e é capaz de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São esses os engenheiros das coisas superadas.
Outras pessoas pensam exatamente o contrário: entregam-se sem pensar, esperando encontrar na paixão as soluções para todos os seus problemas. Colocam na outra pessoa toda a responsabilidade por sua felicidade e toda a culpa por sua possível infelicidade. Estão sempre eufóricas porque algo maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam terminou destruindo tudo.
Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes é a menos destruidora?
Não Sei.

Minutos da meia noite

Publicado Por Michael Doublott As segunda-feira, abril 19, 2010



Retirei o texto do meu diário. Pagina de hoje.

"Eu sabia que tudo podia mudar, só não esperava como e muito menos quando isso poderia acontecer.. mas eu sabia, que um dia tudo mudaria...
De algum modo eu sabia que ele me amava, eu podia ver isso em cada palavra em cada frase escrita por qualquer que fosse o idioma, em cada um dos varios SMS que recebi. Mas ainda, eu jamais quisera (ou conseguira) ama-lo com reciprocidade. Algo que eu tinha certeza - sabia disso na boca do meu estômago, no cerne de meus ossos, sabia disso do alto de minha cabeça à sola dos pés, sabia no fundo do meu peito vazio - era que o amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você brutalmente.

Eu fora irremediavelmente despedaçado.

Mas eu precisava dele, precisava dele como de uma droga. Eu o usara como muleta por muito tempo e fora mais fundo do que eu pretendia ir com qualquer outro. Agora não conseguia suportar que ficasse magoado, e ao mesmo tempo não podia impedir que se magoasse. Ele achava que o tempo e paciência me fariam mudar, e embora eu soubesse que ele estava tremendamente errado, sabia também que o deixaria tentar.
Ele era meu melhor amigo. Eu sempre o amaria e isso nunca , jamais seria o suficiente. "

Aconteceu um pequeno (ou grande) desentendimento entre eu e alguem que gostou muito de mim, e embora essa pessoa não acredite eu DE ALGUMA MANEIRA o amei, não como o desejado, ou esperado, mas amei. O que gerou o desentendimento foi a expectativa de um momento que viria e nunca , nunca mais irá chegar. O dia em que nos conheceríamos pessoalmente. Depois de conversarmos eu me senti mal, por que uma única vez tinha sacrificado um cordeiro inocente por egoísmo e por mentiras. Todas elas vindas de mim mesmo e do meu EU desconhecido e destruidor de planetas. Eu parecia uma lua perdida - meu planeta destruído em algum cenário desolado de cinema-catástrofe - que continuava, apesar de tudo, a rodar em torno de uma órbita muito estreita pelo espaço vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade e a capacidade humana de imaginar possibilidades.

Falei toda a verdade que tinha dentro de mim, sobre o que sentia, e desisti de toda e qualquer mascara magica que quisesse entrar na minha frente e atrapalhar minha linha de raciocínio e minha revelação e no fundo , bem no fundo do meu peito oco eu sabia que nunca iria poder consertar aquilo que estava fazendo; mas creio que proteger e revelar o que somos de verdade é uma maneira de mostrar o amor.

Chega de Amor! Cheega!

Amor, sentimento irracional... quanto mais você ama alguém, menos tudo faz sentido. Independente de suas intenções e seus pensamentos, o Amor é irracional.

Ele pode pensar duas coisas de mim.

Primeira opção: Que eu sou um louco, por fazê-lo sofrer assim.

Segunda Opção: Meu subconsciente me dava o que eu pensava que queria. Isso era a satisfação de um desejo — um alívio momentâneo para dor ao adotar a ideia incorreta de que ele se importava se eu estava viva ou morta. Projetando o que ele teria dito se A) ele estivesse ali e B) ele, de alguma forma se incomodasse caso algo de ruim acontecesse comigo.
Era provável.

Enfim eu estava ali. Minha internet caíra e com ela a chance de viver algo que eu mesmo ajudei a construir em meses e destruí em minutos. Baixei minha cabeça e sussurrei um "obrigado." Mas acho que o certo seria: "Me Desculpe. Você nunca vai entender. Ninguem nunca vai"

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Esse post pode não ter sentido para alguns leitores, mas exteriorizar isso me fez bem.

Créditos: Algumas partes do texto foram modificadas por mim, mas os pensamentos de Stephanie Meyer me ajudaram bastante.

Por trás das nuvens chuvosas

Publicado Por Michael Doublott As sábado, abril 17, 2010

O dia nasceu nublado hoje. E eu estava lá vendo tudo. Em cima do cavalo branco que tem sido meu companheiro fiel de escudaria, eu vi sol nascer por entre as pesadas nuvens de marfim que cobriam o céu matinal. É, eu sei, é muito estranho acordar cedo em um dia de sábado.. mas esses dias eu não tenho dormido bem. Pode ser por falta de algo ou alguem, não sei, mas a verdade é que a vida tem se resumido em uma espera. Uma espera que parece quase interminável, toda noite, quando a ausência de sono se apodera de mim e os sonhos e pesadelos parecem tirar férias eu começo a pensar na única coisa da qual não tenho certeza ainda... Meu futuro.

Hoje eu vi um par de olhos verdes que me deixou mais relax... pensando ,nesses olhos os quais ja admiro a alguns tempos, eu consegui reconstruir algo que parecia ter sido destruído ou mesmo esquecido com minhas fortes guinadas de mau humor e depressão. Percebi que estou melhorando. Que estou ficando bem, que sou capaz de viver novamente algo que não tenho conseguido viver.

Não sei se é felicidade, mas algo transpira por meus poros de maneira que não consigo segurar, sinto aos poucos as barreiras da minha represa se romperem e liberar algo que dentro de mim estava rpaso a muito tempo. Algo tão selvagem e volátil como a agua; um animal selvagem que deseja sair de meu coração.. um animal chamado amor.

Amor de algum tipo. Indefinido. Mas ainda sim: Amor.

Slow Life

Publicado Por Michael Doublott As domingo, abril 04, 2010




O tempo passa.

Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.


Sinto que a tempestade mental na qual estive envolvido nos últimos dias esta passando. Eu quero organizar minha vida agora, pagar minhas dividas ( maioria feita com a compra de remedios e por outra parte feita por compras indevidas)... E a partir de agora eu vou lutar por um recomeço, como das outras vezes, sempre foi assim. Eu ja devia estar acostumado.
Meu objetivo: Compreender o amor (de todas as formas possíveis). Sei que estive vivo quando amei, e sei que tudo que tenho agora, por mais interessante que possa parecer, não me entusiasma.

Mas o amor é terrível: tenho visto meus amigos sofrer e olho meu proprio passado, e na boa, não quero que nada se repita. Eles que antes riam da minha cara, agora me pedem conselhos que lhes parecem vitais. Dou um sorrisinho e fico bem calado, por que sei que o remédio as vezes pode ser pior do que a própria dor: Simplesmente não me apaixono mais (embora a minha recente experiencia ainda pulse dentro de mim). A cada dia que passa, vejo com mais clareza que nós, homens, somos frágeis, inconstantes, inseguros e as vezes surpreendentes... Embora meu objetivo seja compreender o amor, e , embora sofra de alguma maneira por causa disso e por causa das pessoas a quem ja entreguei meu coração, vejo que aqueles me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que conseguiram despertar meu corpo não conseguiram atingir minha alma...
... Normal, apenas uma pessoa chegou bem próximo, e ainda sim me deixou no estado atual que me encontro.
A partir de agora, não prometo mais nada, tenho 18 anos, meus atos em todos os sentidos serão de responsabilidade minha e assim por diante... Eu me conheço, e agora tenho uma coisa para buscar: O AMOR.

Frase do dia: "Com a nossa separação, ambos perdemos muito. Eu perdi porque você foi a pessoa que mais amei em minha vida. Você perdeu, porque fui a pessoa que mais te amou em toda sua vida. Mas de nós dois, você foi a pessoa que mais perdeu, porque eu posso vir a amar outra pessoa como eu te amei, e você jamais terá alguém que te amou tanto quanto eu !"

Loucura

Publicado Por Michael Doublott As quinta-feira, abril 01, 2010



Um dia depois eu acordei num lugar remoto. Com luzes fluorescentes no teto, aquilo não poderia ser o céu, com certeza no céu não existem luzes fluorescentes. e a Dor? A dor da terra, aquela mesma dor que sempre senti antes, vi uma mulher se aproximando com uma agulha, e vi ela injetar a agulha no meu braço pálido.

- Acalme-se.

Era impossivel não ficar calmo, aquilo parecia ter o efeito de um sossega leão. Mas o que mais me intrigava no momento era aquela realidade. Estou vivo, pensei. Vai começar tudo de novo. Devo passar algum tempo aqui, até constatarem que estou perfeitamente bem. Depois me darão alta, e eu verei de novo as ruas da minha cidade, sua praça semi redonda, os canteiros com hibiscos, as pessoas que passam pelas ruas indo e voltando do trabalho.
Como as pessoas sempre tendem a ajudar as outras - só para se sentirem melhores do que realmente são -, eles poderão me devolver o emprego de volta, na escola primária da cidade. Com o tempo, voltarei a frequentar os mesmos bares e boates, conversarei com os meus amigos sobre as injustiças da vida e os problemas do mundo, irei ao cinema, passearei no centro comercial.
Como eu escolhi morrer de maneira nada deformante (pular de um prédio, ser atropelado) continuo jovem, magro , inteligente, pegável, e não terei - como nunca tive - dificuldades para encontrar alguém a quem ficar (mesmo que não obedeça meu padrão pessoal). Farei amor com ele (ou eles) em suas casas , ou mesmo nas praças, terei um certo prazer , mas logo depois do orgasmo a sensação de vazio voltará. Já não teremos muito o que conversar , e tanto ele como eu sabemos disso: chega a hora de dar uma desculpa um para o outro - "está tarde" , ou "amanhã cedo tenho que acordar" - e partiremos o mais rápido possível, evitando nos olharmos nos olhos.
Eu volto para o meu quarto na casa dos meus tios. Tento ler um livro, ligo a TV para ver os mesmo programas de sempre, coloco o despertador para acordar exatamante na mesma hora do dia anterior, repito mecanicamente as tarefas que me são confiadas. Como um sanduiche no jardim em frente a praça, junto com outras pessoas que também escolhe os mesmos bancos para lanchar, que têm o mesmo olhar vazio, mas fingem estar preocupadas com coisas importantíssimas. Depois volto ao trabalho, escuto alguns comentários sobre quem está saindo com quem, quem está sofrendo com o que, como tal pessoa chorou por causa do marido - e fico com a sensação de que sou privilegiado, sou legal, tenho um emprego, sempre tenho alguém do meu lado nem que seja para conversar. Aí volto aos mesmos lugares no fim do dia, e a coisa toda recomeça.
Minha mãe - que deverá estar preocupadíssima com minha tentativa de suicído - vai se recuperar do susto e continuará me perguntando o que vou fazer de minha vida, por que não sou igual às outras pessoas, já que, afinal de contas as coisas não são tão complicadas como eu penso que são. "Olhe para mim, por exemplo, que estou com seu padrasto a algum tempo, e procurei lhe dar a melhor educação e exemplos possíveis."

Um dia eu meu canso de ouvi-la sempre repetindo a mesma conversa e, para agradá-la, me caso com uma mulher a quem me obrigo a amar ( já que de algum modo ela nunca aceitará que um se quer more com outro homem). Eu e ela terminaremos encontrando uma maneira de sonhar juntos com o nosso futuro, a casa de campo, os filhos, o futuro dos nossos filhos. No primeiro ano iremos fazer amor o tempo inteiro, no segundo e no terceiro cada vez menos. A partir do quarto ano a a gente talvez pense em sexo uma vez a cada quinze dias, e transofrme este pensamento em ação uma vez a cada mês. Pior que isso, a gente quase não conversará. Eu me forçarei a aceitar a situação, e me perguntarei o que há de errado comigo - já que não consigo mais ter interesse por ela, ela ira reclamar por eu não lhe dar a atenção que "merece" e eu viverei falando dos meus amigos como se fosse realmente o meu mundo.
Quando o casamento estiver realmente por um fio, ela ficará grávida. Teremos o filho, passaremos algum tempo mais próximos um do outro, e logo a situação voltará a ser como antes.
E então.. percebendo que a velhice vem com o tempo, tanto eu como ela iremos engordar. Ela começará aquela velha luta passando por regimes, sistematicamente derrotada a cada dia, enquanto eu vou me acostumando com o declínio sexual e corporal pelo qual todos os homens vão passando após os 30. A essa altura , nós dois tomaremos essas drogas mágicas para não entrar em depressão - e novamente teremos mais um ou dois filhos em noites de amor que passaram depressa demais. Direi a todos que os filhos são a razão da minha vida, mas na verdade eles exigem minha vida como razão.
As pessoas vão sempre nos considerar um casal feliz, e ninguém saberá o que existe de solidão, de amargura, de renuncia atrás de toda a aparência de felicidade na vida de ambos. Até que um dia, quando eu arrumar minha primeira (ou meu primeiro) amante, ela talvez faça um escândalo, como ja vi muitos sendo feitos aqui na cidade, e eu mais uma vez humilhado por mim mesmo e derrotado pelo destino de felicidade alheia, talvez pense em mais uma vez me suicidar. Mas aí eu já estarei velho demais e covarde demais, com dois ou três filhos que precisam de minha ajuda, e devo educa-los, coloca-los no mundo - antes de ser capaz de abandonar tudo. Eu não me suicidarei: minha mulher talvez fará um escândalo e ameaçará de sair de casa com as crianças. Eu como todo homem irei recuar, direi falsamente que a amo e que aquilo não vai mais se repetir. Nunca passará pela cabeça dela que se eu resolvesse mesmo ir embora, a única escolha que eu teria seria ir para casa de meus pais ou de alguns amigos confiáveis, passar um tempo e depois decidir onde ficar até o fim da minha curta vida, tendo que escutar (no caso dos meus pais) que ela era uma ótima esposa apesar de seus pequenos defeitos, que meus filhos irão sofrer muito por causa da separação. Depois de três anos, um cara irá aparecer na minha vida (que já estava monótona demais por causa de mulheres e suas confusões). Ela irá descobrir - porque viu ou alguém falou, nas possibilidades mais comuns - mas desta vez vai fingir que não sabe. Vai lembrar de ter gasto toda a energia lutando contra a amante/o amante anterior, e não sobrou nada , é melhor aceitar a vida como ela é na realidade, e não como tínhamos planejado anos e anos antes. E minha mãe teria razão em relação a minha esposa, mas estaria totalmente engana em relação à minha felicidade. Eu continuarei sendo gentil com ela, continuarei trabalhando em um bom emprego, ganhando o razoável para viver bem e sustentar os filhos e a casa, comendo todos os dias o mesmo café da manhã , no mesmo banco da praça de antes, com meus livros que nunca termino de ler, os programas de televisão que continuarão a ser os mesmos daqui a dez, vinte, cinquenta anos...
Só que comerei o café da manhã com culpa, porque estarei engordando; e não irei mais a bares, porque tenho uma mulher que me espera em casa , para cuidar de filhos...
A partir daí, é só esperar os meninos crescerem, e ficar o dia todo pensando no suicídio, sem coragem de comete-lo e um belo dia, chego à conclusão e que a vida é assim, não adianta, nada mudará. Eu me conformo, e sei que vou passar o resto dos meus dias, as vezes desejando que meus filhos tenham uma vida que eu nunca tive, outras vezes feliz por suas vidas serem reprises exatas da minha... Eu estou bem... É sério.

Terminei esse monólogo, dois dias depois recebi alta, e mais uma vez tinha razão. Tudo começara de novo. e mais uma vez eu tento compreender o que a vida é para mim.